A Sabedoria de suas Células
Como suas crenças controlam sua biologia
A física convencional enxerga o corpo humano como uma máquina constituída de átomos e moléculas, mas os físicos quânticos revelam que, por debaixo da estrutura física perceptível, não há nada senão energia. Isso significa que somos seres de energia, interagindo com tudo, no campo integral de energia. Estamos começando a reconhecer que existe um mundo invisível ao qual estávamos alheios, no que diz respeito à compreensão da natureza de nossa saúde. Em outras palavras, ao invés de nos focarmos na matéria, na física quântica, focamo-nos na energia. No mundo em que vivemos, estamos entrelaçados em um número incontável de vibrações energéticas e estamos conectados a todas elas! Ao tentar compreender a saúde de alguém, se você apenas se focar no físico, você negligenciará a energia. Se você apenas se focar na pessoa, você negligenciará a influência do campo. Estamos nos aproximando de uma forma mais holística de estudar o fato de que tudo é um todo uno.
Na física quântica, também nos deparamos com um mundo de incertezas. Temos de nos desvencilhar de nossa crença newtoniana de que podemos determinar tudo, controlar tudo e dominar a natureza e retornar à abordagem da teologia natural, que nos diz para aprendermos os padrões da melhor possível que podemos e vivermos em harmonia. Desta forma, estaríamos em uma situação muito melhor, hoje em dia, do que neste mundo que criamos, onde nossa busca determinística alterou o ambiente, alterou a nós mesmos e ameaça realmente nosso próprio legado. Há um puxão de orelha merecido aqui, que se traduz pela compreensão da natureza do campo, que é tudo, desde o âmago de nosso ser, à extremidade do universo. Somos uma parte deste campo inteiro.
Nossos pensamentos são uma parte do campo de energia, assim como o é a energia de outros organismos vivos e das coisas inanimadas. Tudo emite energia. À medida que fazemos um processo neurológico do mundo em que vivemos, incluindo nossos pensamentos e crenças, estamos, na verdade, criando uma vibração magnética, como um diapasão que emana de nossa cabeça para dentro do campo. Os cientistas descobriram que, se eles pegarem nosso campo magnético e o direcionarem para a cabeça, eles podem influenciar a atividade cerebral.
Voltemos à citação de Albert Einstein, para compreendermos por que isso se torna importante em nossas vidas e na mecânica quântica: “O campo é a única agência governamental da partícula”. Se aplicarmos esta compreensão do que Einstein dissera ao campo que geramos com nossos pensamentos, podemos perceber que existe uma conexão na qual nossos pensamentos podem dar forma às partículas que são o mundo em que vivemos. Então, passaremos a perceber que não somos pequenas peças desconectadas, movendo-se pelo planeta. Somos pequenos dispositivos de transmissão, dando forma ao campo, e a forma que criamos se manifesta como experiências da vida que levamos.
Sabe-se, há muito tempo, que, nos “efeitos de multidão” ou “efeitos de eventos de massa popular”, nos quais se reúne certo número de pessoas com seus pensamentos em afinidade, podem ocorrer acontecimentos importantes em nosso planeta. Estamos muito ligados na moldagem do mundo em que estamos. Da mesma forma que eventos de massa moldam a realidade da massa, nós participamos da moldagem de nossa realidade local e das experiências, através de nossos próprios pensamentos. Isto é importante, porque, se pensamentos dão causa ao mundo material, o que, de acordo com os físicos, eles o fazem, então temos de começar a pensar a respeito de qual tipo de pensamentos estamos criando. Os físicos estão começando a perceber que todos nós criamos conjuntamente o mundo em que vivemos, através de nossas observações. O mundo que observamos é o mundo que criamos. Isto é muito difícil de ser aceito por muitas pessoas.
De fato, quando a física quântica começou a ser aceita como a mecânica pela qual opera o universo, os próprios físicos tiveram dificuldade com isto. Eles podem ter dito: “Bem, posso enxergar essa teoria no nível atômico e molecular, mas não posso trazer essa doideira para minha vida”. Então, houve uma decisão arbitrária na década de 1920, dizendo: “Restrinjamos a mecânica quântica ao mundo dos átomos e moléculas e usemos a física newtoniana para descrevermos o resto do mundo”. Este é o motivo por que a biologia alegremente continuou usando a física newtoniana. Entretanto, hoje em dia, estamos começando a ver trabalhos de cientistas respeitáveis, declarando ser o universo criado por nossas observações. Criamos o campo, e o campo molda a partícula. A grande lição é que aquilo que você pensar ou pedir, como os asiáticos dizem, é o que você irá receber. Isso não é coincidência. Estamos ativamente ligados na moldagem física do mundo que vivenciamos.
Como isto funciona: a biologia
Para compreendermos como isto funciona, vamos falar a respeito da biologia. Comecemos com o fato de que somos constituídos por células, e células são organismos vivos, constituídos de blocos protêicos de montagem. Há mais de 100.000 tipos diferentes de proteínas, que são moléculas com formatos muito complexos, quase como engrenagens que se engatam umas às outras. Algumas dessas proteínas acopladas entre si dão origem à respiração; algumas propiciam a digestão; outras, contração muscular etc. Todas as funções das células são devidas às engrenagens protêicas. As plantas arquitetônicas das engrenagens são os genes. Quando necessito produzir uma engrenagem para mim mesmo, tenho de me remeter à planta arquitetônica do DNA, fazer uma cópia dessa planta, que é chamada RNA, e usar o RNA para produzir as proteínas.
Na biologia, os conjuntos de engrenagens protêicas são chamados vias, como via digestiva ou via respiratória. Posso olhar para todas as características fisiológicas do corpo humano e identificá-las como engrenagens que se engatam umas às outras e, através desta interação, elas promovem os movimentos que são a característica da vida.
Neste momento, os tambores deveriam rufar, porque vou tentar lhe contar o segredo da vida. O segredo da vida é o movimento. Sem movimento, não existe vida. A animação é uma característica que distingue coisas vivas de não-vivas. Então, a questão é: o que é este movimento e como ele acontece?
Todas as proteínas são como contas de um rosário. As contas são os amino-ácidos. Existem vinte tipos diferentes de amino-ácidos, e cada uma destas “contas” de amino-ácidos possui uma forma sem igual. Mudando a sequência de amino-ácidos na cadeia, muda-se o formato final da proteína. Aqui está o segredo: a sequência de amino-ácidos é como instruções embutidas para tricô que dizem à cadeia como se arranjar para formar uma estrutura específica. É como um filamento de tricô tecendo a si mesmo. Quando os amino-ácidos são reunidos em uma cadeia, obtém-se uma “trama” de proteínas, e ela automaticamente se cose em uma estrutura específica, baseada na sequência de amino-ácidos.
Possuímos 100.000 proteínas diferentes, e cada proteína possui um comprimento e uma seqüência de amino-ácidos sem igual que determina como tecer a trama de tricô em um formato.
O corpo de uma pessoa que acabou de morrer possui todas as características e atributos de uma pessoa viva, mas não se move. Portanto, o segredo da vida não é as proteínas em si. As proteínas propiciam a estrutura, mas o que faz a estrutura se mover? Junto com o comprimento da cadeia protêica, muitos dos amino-ácidos ligados possuem cargas positivas ou negativas, a que outros tipos de sinais químicos podem se ligar. A forma final da proteína fornece aglutinações com formas únicas que se associam a sinais ambientais específicos (como hormônios, remédios e outros fatores químicos). Quando uma proteína se liga a seu sinal complementar, ela altera o equilíbrio entre as cargas positivas e negativas, ao longo da “trama de tricô”. Isto faz a cadeia protêica “ajustar” seu formato. Durante este processo de ajuste de formato, a proteína se mexe. O movimento é, então, usado para realização do trabalho “celular”. Funções como digestão e respiração são conseqüência das mudanças de formato das proteínas.
A vida é resultado de proteínas sendo atreladas por sinais, em um padrão chave-e-fechadura. A biologia convencional de modelo newtoniando considera que todos os sinais que controlam a biologia são químicos. Conseqüentemente, a indústria farmacêutica foi criada para produzir novos sinais de controle da vida, chamados medicamentos. A medicina convencional acredita que, se sua biologia não está funcionando apropriadamente, suas engrenagens não estão se acoplando corretamente. Portanto, se mudarmos os sinais em seu sistema, podemos mudar a regulagem e o funcionamento das engrenagens protêicas, tirando-o de um estado enfermo e levando-o a um saudável, através da mudança em sua química.
Mas a mecânica quântica questiona se o “sinal” tem de ser uma substância química física. Com efeito, os sinais de energia invisíveis são uma centena de vezes mais eficazes para imprimir sinais às proteínas do que sinais químicos. Em suma, as proteínas produzem as engrenagens de geração de funções. O movimento das proteínas, controlado pela ligação de sinais, promove a vida. E os sinais podem ser de dois tipos: químicos ou energéticos, sendo estes mais eficazes.
Os sinais energéticos são o veículo que une a maioria das modalidades de medicina alternativa. A medicina asiática, por exemplo, com seus meridianos e pontos de acupuntura, baseia-se no manuseio dos campos de energia. A medicina ocidental tenta manipular os componentes do corpo físico, enquanto a medicina oriental tenta modificar os campos de energia do corpo. É importante notar que a física quântica, que descreve a mecânica do universo, enfatiza que os sinais de energia são cem vezes mais eficazes do que medicamentos.
O que pode dar errado?
Se você apresentar uma disfunção ou doença, a que você pode atribuir isto? Provavelmente, é devido ao fato de, ou as proteínas não terem a estrutura correta, ou a incorrência de sinais inadequados. Como uma estrutura protêica pode ser desajustada? Genes defeituosos alteram a seqüência de amino-ácidos de uma proteína, produzindo proteínas que se juntam de forma incorreta e, consequentemente, não funcionam adequadamente, levando à doença.
Mas eis a pegadinha. Apenas uma porcentagem muito pequena de pessoas realmente possuem defeitos genéticos que podem causar uma doença, muito menos do que cinco por cento da população. Isso significa que noventa e cinco por cento de nós veio a este mundo com genes capazes de nos oferecer uma existência saudável. No caso de noventa e cinco por cento da população, se há algo de errado com a saúde, não é alguma coisa errada com os genes e as proteínas. É algo de errado com os sinais do corpo. Sinais impróprios são a fonte da maioria das doenças e disfunções humanas.
O que poderia causar o desajuste dos sinais? A primeira causa é trauma, dano por um acidente que interfere na condução de sinais do cérebro. A segunda é toxinas, substâncias químicas que não deveriam estar no corpo, mas, quando presentes, interferem na química sinalizadora do corpo. E a terceira, que é a fonte principal importante e predominante de sinalização incorreta, é a mente. Se a mente envia informação errada, em momentos inoportunos, nossos sistemas se tornam desequilibrados, acarretando disfunções e doenças. Portanto, ao invés de focar genes e química corporal, que é um foco tacanho da medicina alopática convencional, a nova física e a nova biologia revelam que devemos nos concentrar tanto nos sinais físicos quanto nos energéticos, incluindo, nestes, os pensamentos.
Pode haver, na superfície de nossas células, mil receptores de proteína, aguardando por seus respectivos sinais complementares. As células lêem tanto os elementos físicos quanto não-físicos do meio, através destas proteínas. Os sinais geralmente provocam uma reação que faz a célula preservar sua sobrevivência. “A comida está lá fora. Faça-a entrar. As toxinas estão lá fora. Escape delas e as evite”. A pele da célula e a pele do corpo humano possuem exatamente as mesmas funções. Elas “lêem e reagem a” sinais.
O papel da percepção
Na superfície da célula, em todos os momentos, existem mais de cem mil maçanetas diferentes, preparadas para responder a uma ampla gama de sinais do meio. Da mesma forma que podemos detalhar o processo de um sinal promover uma reação, temos que considerar a complexidade da totalidade, quando milhares de sinais atuam ao mesmo tempo. Se realmente quisermos saber o que a célula está fazendo, não podemos olhar uma maçaneta qualquer. Temos que identificar o que mil maçanetas estão fazendo. O número de interações supera a capacidade de compreensão de nossas mentes, e seria um projeto muito difícil, até mesmo para a engenharia computacional.
Essas maçanetas de proteína controlam as funções de nossas vidas, através da conscientização do ambiente. Esta é precisamente a definição da palavra percepção: conscientização de elementos do meio, através da sensação física. As maçanetas da membrana são unidades fundamentais de percepção. Elas lêem uma percepção ambiental e ajusta a biologia à necessidade. Isto se torna muito individual a cada pessoa, porque é a forma que percebemos o mundo que controla nosso comportamento. A percepção controla o comportamento.
Se nossas percepções são precisas, então a oportunidade de sobrevivência é muito grande. Mas, se somos programados com percepções errôneas e lemos o ambiente de forma imprecisa, isso significa que empregaremos nossas reações de forma inapropriada. Considere uma pessoa anoréxica olhando-se no espelho. Ao mesmo tempo em que podemos ver aquela pessoa como perigosamente magra, a anoréxica percebe-se como muito grande e gorda, e esta má interpretação das marcas do ambiente podem levá-la à morte. A importância é bem clara: quando nossas percepções são imprecisas, nossos comportamentos não são mais sincronizados para manter nossa sobrevivência.
A percepção também controla o sinal de saída dos genes. A maneira como vemos a vida determina quais genes serão ativados para propiciarem nossa sobrevivência. Novamente, enfatizando o papel da percepção equivocada, caso ativemos, de forma inadequada, os genes, pelo envio de sinal errado, em momento inoportuno, podemos perverter a função da biologia e realmente causar doenças e disfunções. Não somos tanto vítimas dos genes, mas os criadores de nossas vidas, selecionando os genes que controlam nossos sistemas, baseando-se em nossa percepção da realidade.
É verdade que temos uma fase de desenvolvimento, da concepção ao período fetal, em que o plano corporal está em repouso, e a estrutura é coordenada pelos genes. Há troca de informação entre o embrião, seu meio e os genes controla este período do desenvolvimento, em que os genes são a fonte principal de controle. A partir do estágio fetal, nossas percepções do meio determinam o que irá acontecer ao resto de nosso desenvolvimento.
Engenharia genética
Atualmente, estamos brincando muito com a engenharia genética. Estamos criando inúmeras variedades de plantios desenvolvidos por ela. O que não estamos levando em consideração é a conseqüência de se trazerem estas plantas ao mundo. Estamos percebendo, agora, que genes modificados pela engenharia genética que introduzimos em determinados organismos geneticamente modificados são repassados ao ambiente, alcançando e se inserindo em outros organismos que passam a usá-los. Por exemplo, pretendendo-se deixar as plantas resistentes a um pesticida usado para exterminar ervas daninhas circunvizinhas, os cientistas modificaram geneticamente plantações com genes resistentes ao pesticida. Posteriormente, descobriu-se que estas plantas transmitiram seus genes modificados a todas as plantas ao redor delas, ocasionando a criação de “super ervas daninhas” que não mais podem ser mortas pelos pesticidas agrícolas usuais.
A questão é que todos os organismos fazem parte de uma comunidade e compartilham seus genes. Também foi reconhecido que, quando comemos alimentos geneticamente modificados, as bactérias em nossos intestinos podem apreender e assimilar genes alterados pela engenharia genética. Nossa manipulação da natureza está, até mesmo, alterando a organização genética das bactérias no interior de nosso próprio sistema digestivo! Provavelmente, daremo-nos conta dos custos da engenharia genética, quando os resultados de nossos atos se voltarem para nos morder.
Lidando com o distresse
A sobrevivência está muito vinculada ao mecanismo de crescimento que substitui a quantidade de células que perdemos diariamente, como conseqüência do desgaste normal. Mas outra parte de nosso comportamento de sobrevivência se relaciona com um conjunto completamente diferente de mecanismos: os que usamos para nossa proteção. A proteção desativa os processos de crescimento e aloca energia para comportamentos necessários para nos suster, durante uma situação de ameaça. Estamos fazendo funcionar, a todo momento de nossas vidas, ou os mecanismos de crescimento, ou os de proteção, consumindo estas atividades nossa energia de vida. Gasta-se energia para crescermos, e gasta-se energia para nos protegermos. Quando estamos operando com mecanismos de proteção, abstemo-nos de usar energia para crescimento.
A natureza nos projetou para usarmos proteção na forma de reações precisas, como fugir de um tigre dente-de-sabre. Mas, se permanecemos operando no modo de proteção por muito tempo, comprometemos nossa sobrevivência. O que é realmente importante é isso: quanto de nossas vidas está no crescimento e quanto está na proteção? Quanto mais vivemos com medo, mais alocamos nossa energia para proteção. Quanto mais medo temos, mais desativamos o crescimento, até um ponto em que podemos literalmente morrer de medo.
No mundo em que vivemos hoje em dia, a reação de proteção abocanha uma porcentagem cada vez maior de nossa experiência de vida. A maioria de nós vive com níveis elevados de distresse e debilita constantemente nosso sistema, pela interferência no crescimento. As células não podem se moverem nas duas direções ao mesmo tempo. Ou estão em crescimento, abertas ao meio e assimilando o que está acontecendo, ou estão em proteção, desativando-se e esperando o meio se limpar, antes de expressarem novamente suas funções normais. Somos uma comunidade de células que reagem às percepções geradas por nosso sistema nervoso central.
Hoje em dia, temos medo do que aparentemente não podemos escapar. Quem são a Al-Qaeda e onde eles estão? Onde está a gripe aviária? Entramos em contato com medos que ameaçam nossa sobrevivência, percepções que nos fazem questionar se podemos nos manter vivos. Tais percepções nos fazem assumir uma postura de proteção e desativar o crescimento que conserva a vida. Isto é importante, porque aflige quase todo mundo no planeta atualmente.
Possuímos dois mecanismos diferentes de proteção. O sistema imunológico ocupa-se de ameaças internas, como vírus, bactérias, parasitas ou células cancerígenas. O sistema adrenal secreta hormônio de estresse que nos protege contra ameaças externas, como uma cobra venenosa ou um agressor. Os hormônios de estresse fazem os vasos sangüíneos de nossos intestinos se contraírem e também desativam o sistema imunológico. A razão para isto é muito óbvia: se você está sendo perseguido por um leão, você não despenderá energia para combater uma infecção bacteriana. Você a direcionará para a fuga.
Os profissionais médicos sabem, há anos, que os hormônios de estresse desativam o sistema imunológico. Eles provêm receptores de tecidos ou órgãos transplantados com hormônios de estresse, para o sistema imunológico não rejeitar o tecido estranho transplantado. Mas qual o significado disto em nossas vidas cotidianas? Todo dia, conforme vivenciamos distresse, debilitamos nosso sistema imunológico.
À medida que reprimimos o sistema imunológico, as coisas comuns e rotineiras podem começar a se sobrepujarem e criarem doenças. Muitas pessoas estão familiarizadas com isto, porque, conforme encontramos mais distresse em nossas vidas, mais fracos e doentes nos tornamos. As crianças, na escola, por exemplo, são mais propícias a adoecerem, na véspera de provas. A idéia de que temos de “pegar” algo é tola, porque a maioria de nós já tem todos os patógenos que afetam os seres humanos em nossos corpos.
O distresse que inibe o sistema imunológico também desativa o processo de crescimento que substitui células avariadas pelo desgaste natural. O distresse poderá atingir um ponto em que a quantidade de células desgastadas não substituídas comprometerá nossas funções, e passaremos a apresentar doença.
Existe outro fator de distresse que chamo de “adição de mais lenha na fogueira”. Os hormônios de estresse fazem os vasos sangüíneos do cérebro anterior se contraírem, forçando o sangue ao cérebro posterior, para alimentar o centro reflexo de alta-velocidade em situações estressantes. Essencialmente, a constrição dos vasos sangüíneos do cérebro anterior afeta a consciência e a inteligência. Destarte, um aspecto interessante e indesejável da reação ao estresse é que ficamos menos inteligentes, quando estamos sob estresse. Portanto, um grupo de pessoas ou um país banhado por medo é menos inteligente do que um país vivendo em crescimento e harmonia. Aqueles que vivem com medo tomarão decisões pelos reflexos do cérebro posterior, que podem ser inadequadas. Isto pode ser responsável, neste exato momento, por alguns quadros do mundo em que vivemos, porque as taxas de medo estão muito elevadas.
Cabe a nós reconhecer que nossa biologia não sabe a diferenciar entre um medo real e um medo fictício. A realidade simples é que nossas percepções e crenças, se certas ou erradas, ainda continuarão a controlar nossa biologia.
Nossa biologia não foi feita para manter operante o mecanismo de estresse vinte e quatro horas por dia, 365 dias por ano. A reação foi concebida para uma ocorrência aguda. No restante do tempo, deveríamos manter o crescimento. Todavia, o mundo que escolhemos (a mídia, o governo etc.) nos estimula realmente a vivermos em contínuo medo, e isto causa grande debilitação de nossa manutenção fisiológica e das características neurológicas e imunológicas que expressamos. É importante que compreendamos que, se mudarmos nossas percepções, mudaremos nossa biologia e nosso mundo. Devemos parar de viver com medo, porque isto está nos matando, enquanto indivíduos; e ameaçando nossa existência, enquanto espécie.
© 2007. Créditos de Bruce H. Lipton, biólogo celular cuja pesquisa revolucionária sobre a membrana celular o fez pioneiro da nova biologia. É autor de “Evolução espontânea” e “A biologia da crença”, publicados, no Brasil, pela Editora Butterfly.
Tradução de Renato Alves
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